Pensando a relação cultura e consumo, percebo, uma relação complementar como que um invólucro que assume cada vez mais os comportamentos hedônicos e de superficialidade. Ao olhar os jovens inseridos numa cultura onde a valorização do corpo é glorificada, surge o questionamento sobre a disseminação de ideais narcisistas.
Com o acesso fácil a internet e a globalização, a influência da mídia edema cada vez mais diferentes formas de conduta no que recai no afrouxamento de condutas narcisistas e individualistas. Por sua vez, a massificação da mídia, que teria a tarefa de movimentar teorias éticas e, portanto, de coletividade, constitui enquanto instâncias ao amor à própria imagem e na satisfação imediata dos próprios desejos. O que se encontra em jogo aqui é a racionalidade híbrida de crítica e autonomia que atua na sociedade hoje.
Para se ter uma ideia mais concreta, pensamos por um momento o controle que a mídia faz sobre o indivíduo no que diz respeito ao culto do corpo visando o belo. Vemos propagandas que vendem imagens de pessoas bem sucedidas, com carros novos, com bom emprego em academias, ligados ao produto Light ou Diet e aos exercícios físicos, disseminando a ideia de poder que a beleza proporciona ao indivíduo que o consome ao invés de sua principal ideia de saúde que determina sua cientificidade. Desta forma, surgem tendências exacerbadas aparentes do corpo que, personificam sujeitos que pensam mais em si mesmos acreditando na falsa ideia de poder em que a beleza do corpo assume proibindo-o de qualquer tipo de pensamento abstrato.
O que vemos hoje são máquinas belíssimas de apelação sexual esvaziadas de pensamentos e conteúdos.
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